sexta-feira, janeiro 19, 2007

A teoria do caos

Não vou falar de física não. Nem expor o famoso principio de que uma ação ocorrida nesse lado do mundo afeta de alguma forma o outro lado. Posso falar de coisas mais corriqueiras mas não menos simples. Ou posso falar de coisas tão complexas que nem mesmo eu as entendo.
Será que pensar em outra pessoa e desejá-la arduamente invalida uma outra também amada? Será que estar com essa outra pensando na primeira parece errado? Será que nascer e crescer, odiando a própria vida é ingratidão com os que nasceram mas não chegaram a crescer? Será mesmo que no "fundo"as pessoas não são todas iguais porém o uso de máscaras as faz diferentes? Ter senso crítico é necessário? Ou nos basta criticar o que é criticável (sim, tudo.)?
Por que querer conhecer o universo com seus outros planetas se nem a Terra é conhecida direito? Não seria melhor ver o que está ao nosso redor do que querer decifrar o que está ao redor do mundo? Por que só fitar o chão se podemos levantar nossos olhos e buscar o horizonte?
O que está em jogo: a vida ou a morte? Devemos viver intensamente porque temos a certeza de um fim? Ou por sabermos que o fim chegará não é necessário aproveitar a vida? O que é mais triste: discriminar ou ser discriminado? Matar ou ser morto? Sofrer com os acontecimentos ou ter uma vida onde nada acontece?
Por que o ser-humano se esquece, com o passar do tempo, de sonhar? Por que ele se acomoda e prefere esperar acontecer? Por que ele deixa a vida se tonrar fútil, vazia e tão sem graça a ponto de não querer mais lutar, sofrer e ganhar? Onde se perdem os gostos? Onde se encontra o jardim das essências? Onde se esconde a vivacidade das cores? Será que preferimos viver num mundo branco e preto?Por que colocar todo o peso, toda a dor, todos os pedidos sobre um Deus que nem mesmo sabemos se existe? Não bastaria acreditarmos em nós mesmos?
Os sentimentos se perdem num só, se banalizam com o contar lúgubre dos relógios. As declarações feitas sem veracidade se tornam tão falsas e escrotas que o que mais desejamos é nunca ouvi-las.
Esse é o caos. O caos das dúvidas sem respostas, das feridas sem cura, dos sentimentos não sentidos. É o caos que faz a morte. E é a morte que deixa como um rastro de poeira na estrada ela... a vida.

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