domingo, maio 25, 2008

sobre conviver.

Talvez o ato de conviver com outro(s) alguém(/ns) seja o método mais fácil e efetivo para uma desilusão pessoal. É convivendo que descobre-se os seus erros -que geralmente tu considera mínimos- e os erros do outro(s)- que tu consideras imensos(ou o contrário, também...). Morar com alguém que se gosta (seja lá no sentido que for) pode não ser um acerto. E isso pelo fato de que não é tão simples e encantador assim fazer as coisas práticas (como discutir que marca de margarina comprar e estender as roupas no varal) juntos, acredite. Creio que as únicas pessoas (e agora algo bem pessoal [ou não...]) capazes de conviverem comigo d'uma forma bem pacífica e harmoniosa são meus pais e irmão, a família; e provavelmente porque eles me conhecem melhor do que imagino, sabem das minhas manias irritantes, dos meus defeitos complicados de mudar (e eu tento, heim!), das coisas que não gosto tanto. E há certa cumplicidade, tanto que toleramos errinhos uns dos outros sem esbravejar. Já quando se resolve conviver com alguém nem tão íntimo (nesses detalhes domésticos), descobre-se (eu descubro, ao menos...) defeitos (que na maioria das vezes nem defeitos são) em grande proporção. Conviver é muito arriscado; Conviver faz forte a possibilidade do desencanto, da mágica perdida. Eu delicadamente aconselharia: Conviva com a família. As outras pessoas especiais? Visite (ou marque encontros em cemitérios, igrejas, escolas vazias e escadas longíqüas....).

sábado, maio 24, 2008

sobre o que eu não preciso (tanto)

O computador não (me) é essencial. Não mais. Com tantas cores, com tantos cheiros, com tantas novidades e levezas aí fora, para quê eu preciso voltar a atenção para uma tela estática e cheia de pontinhos luminosos como essa? Tecnologia, deixe-me! Eu ainda possuo sentimentos.

Nota: Eu falo isso porque estou na cidade encantada. Esperem só (, moscas) eu chegar em Porto Triste.

domingo, maio 11, 2008

Academias

Elas são tristes, são depressivas. Nelas as pessoas fingem esquecer a vida presa à insegurança, ao abandono social, aos males da cidade grande. Bem, eu falo das academias (não de intelecto, como as de Platão e de Aristóteles; mas sim de firmamento corporal, físico e "aparencial".). É lá que pessoas desconhecidas se reúnem para suar o corpo e esquecer da miséria da mente. Não, eu não critico o desejo de bem-estar físico. Eu -isso sim!- me entristeço pela forma como isso é feito. As circunstâncias que levaram à criação das academias corporais me parecem bem visíveis, e o ponto inicial é, como pode-se chamar, a "rotina de cidade grande". Ora, com esses centros urbanos super lotados surgiram muitos problemas (ou empasses, para quem prefere um termo menos forte...): a violência que não permite um caminhar despreocupado pelas ruas, a sujeira que priva de alguns passos sem chutar papéis, plásticos e coisas piores (cigarros! oh, os cigarros!), a poluição do ar que faz com que o corpo se sinta impregnado em poucos minutos de foligem cinza, a poluição sonora que nos obriga ouvir o barulho constante dos carros e, enfim: a falta de lugares adeqüados para os passeios (que pode ser uma conseqüência dos outros fatores antes citados). E então o ser-humano, se vendo morrer de sedentarismo, precisou criar um estabelecimento comercial que oferecesse tudo o que um dia já fora natural do e para o homem: possibilidade de movimento. Mas agora não mais um movimento livre e espontâneo (como ainda há em cidades pequenas e aconchegantes...). Não. Algo determinado, mecânico e que visa muito mais a "beleza (oh, se o corpo mostrasse o verdadeiro sentido de ser belo!)" e a aparência.
Mas esta é apenas a opinião pobre de uma mente em decadência. Ou seja: pode não valer
nada.

domingo, maio 04, 2008

Aviso

Estou esperando a criatividade voltar (e trazer junto de si mais um acréscimo de coisas...).