quarta-feira, novembro 08, 2006

" O mais triste não é ver as horas se esvairarem com a espera.
É saber que além de tudo nada mais temos a não ser a indiferente capacidade de pensar."

P.S: Do que adianta viver, consequentemente pensando, se a única e singela verdade por si só absoluta é a morte?

sexta-feira, outubro 20, 2006

Fútil falatório

"A amizade (ou a confiança) é como cristal". Sim, de alguma forma você já deve ter ouvido essa frase e não é nada difícil compreendeê-la. Não pense que estou sendo categórica ou "radical" em relação a tudo o que acorre ao meu redor, eu estou sendo parcialmente (veja bem: em partes) realista. Alguns dizerm: "a verdade, muitas vezes, dói". Eu não descordo e ainda complemento : a verdade dói porém o que dói mais é a confiança perdida. Ah, essa machuca e como demora a ser (re) conquistada, não é mesmo? Só mais triste que a demora da (re)conquista é a ausência dela.
Quando digo que demoro a fazer amigos, a confiar nas pessoas não é simplesmente porque tenho dificuldade em me relacionar é porque sou realista suficiente e tenho medo de sofre, de chorar... é porque sei diferenciar amizade de convicência (na maioria das vezes) forçada, que consequentemente resulta em diálogos, gestos, sorrisos e cooperação. Muitas pessoas não sabem fazer essa diferenciação e exclamam "te amo", "te adoro" como se conhecessem a outra pessoa tão profundamente como a si mesmos. Essas demonstrações falsas (!) de afeto tornaram-se tão banais, tão afundamentadas que dificilmente sabemos quando são verdadeiras.
E é isto que me revolta: a capacidade do ser humano de amar e "desamar" tão rapidamente, de gostar e "desgostar" em dias, horas.... Será que é isso que realmente vale? As noções básicas da convivência foram perdidas e arrisco-me a dizer que dificilmente serão encontradas.
Diga menos "te amo" e demonstre de forma positiva esse amor. Pule, cante, beije, abrace, disctribua apertos de mão (não, não como os políticos em época de eleição), dialogue e sorria! Mas não diga um "te amo" em vão.
Sejamos sim simpáticos, alegres, bem-humorados e sorridente quando desejarmos mas sejamos por um momento verdadeiros. Ou continuemos assim, distribuindo fúteis palavras, como se fosse a coisa mais natural e sincera do mundo. Então, conquiste um "te amo" como você conquista a confiança. Não seja hipócrita com você mesmo (a). Faça (e tenha) por merecer.

sábado, outubro 14, 2006

De encontros solitários
se faz a vida.
E cada encontro é uma etapa,
e cada etapa traz algo novo.
Porém nem tudo que é novo
já não foi antigo.
De antiguidades se faz o mundo.

OBS: Se desejar ignore este post. Mas se for analisá-lo analise bem,
pois nem tudo é simples como parece ser.

quinta-feira, outubro 12, 2006

A Inalcansável Liberdade

Perdida em meio aos meus pensamentos e devaneios deparo-me com uma pergunta que se faz inquieta e absoluta: somos nós, seres humanos e por isso "racionais" (sim, há algo subtendido nas últimas aspas), realmente, ou melhor, totalmente livres?
Observo, a cada minuto incessante, que todas as pessoas clamam mais e mais a esta tão sonhada e inalcansável liberdade. Esta liberdade idealizada desde que o mundo se tornou mundo (aqui abro parêntesis para dizer que tenho a plena consciência do erro que cometo nesta frase, pois sei muito bem que nada pode ser afirmado até que tenhamos provas científicas de sua confirmação, existência e verdade então esqueça você, caro leitor, desta frase) ou até muito antes disso e que em todos os momentos da história se fez presente, não em verdade, mas em sonhos. Agora, pergunto: onde podemos encontrá-la? Ou melhor, será que realmente podemos encontrá-la?
A cada dia assemelho mais a palavra liberdade com a palavra felicidade. Não por pensar que a primeira depende da segunda ou vice-versa, mas sim pela semelhança entre seus ideais, entre a vontade em encontrá-las. Buscá-las é algo " viciante" pois quanto mais as temos mais as queremos, quanto mais nos aproximamos delas mais longe elas parecem estar. Aqui percebo claramente uma das essências (sim!) dos seres humanos: a insatisfação. Esse desejo insatisfatório nos faz mais prefeccionistas e mais ambiciosos, o que pode ser muito bom ou muito ruim pois nada que se depara com o extremo trás benefícios.
É por essa kuberdade criativamente imaginada que se travaram grandes lutas que conhecemos e continuam a ocorrer. Essa liberdade tão desejada por todos acaba, quase sempre, causando a guerra, o que nem sempre pode ser considerado uma benfeitoria à humanidade.
Liberdade não é uma conquista, não é uma "vida", é somente , na mais pura verdade, uma sensação. Uma sensação na maioria das vezes momentânea e singelamente falsa.
Depois dessa divagação, me pergunto: em busca de quê lutamos, afinal?

terça-feira, outubro 10, 2006

Inicialmente (sim, modo estranho de começar a primeira postagem) este não será um blog com idéias válidas, que possam ser aproveitadas, serão idéias soltas e sem intuito de compreensão .
Este não será um blog onde pretendo "calcular (erroneamente)" minha popularidade ou dimensão de 'amigos' pelo número de comentários.
Este não será um blog onde escrevo abertamente sobre minha vida particular e meus "grandes problemas emocionais, físicos, sexuais ou psicológicos."
Este será um blog inválido, com poucos leitores e poucos comentários, com atualizações inconstantes.
Sim, este será um blog... ou não.