segunda-feira, outubro 29, 2007

Tópico utópico

Eu gostaria de saber, mesmo sendo apenas esse emaranhado de moléculas facilmente substituível, por que coisas como "a formação do universo, a 'descoberta' do zero pelos Hindus, a importância do livre pensamento, as idéias de Nietzsche e a melhor forma de se acabar com o preconceito entre os seres (entre outras, claro)" não "caem" nas provas de vestibular.

É revoltante "ter" que decorar os principais países produtores de milho, responder sobre a já tão batida Revolução Francesa (que, se analisada minunciosamente, foi apenas mais um levante de insatisfeitos com o poder central e que, também, aconteceu em muitas outras nações apanas com nomes diferentes [como não poderia deixar de ser]), escrever uma redação padronizada que (quase) nada de criativo permite. Agradeço a mim mesma por gostar de aprender e ter um sistema imunológico desenvolvido, pois se assim não fosse a revolta seria infinitamente maior e a coesão textual chegaria ao zero. Não, eu não sou contra o vestibular. Sou contra sua forma de aplicação, tão somente.

O que, de alguma forma, acaba surgindo em meus pensamentos sempre que perambulo pela área da educação é: ela própria é a base. Se se desse o merecido valor ao prazer em aprender muitas coisas seriam diferentes. Inclusive as exames de vestibular. Porque, assim, a vida seria vista de outra forma. Então, com as pessoas crescendo livres de preconceitos, incentivadas no hábito de debater, com livros sobre as mesas, desapegadas à tal da "teconologia-lixo", nem universidades seriam necessárias. O mundo todo seria uma constante troca de conhecimentos.

Utopia?

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