domingo, dezembro 07, 2008
Capitu-jovem
Eu, como boa estudante procrastinadora (que é diferente de vagabunda, deixemos bem claro) que sou, ando-me atualizando com os programas que passarão neste final de ano na televisão aberta brasileira (eita!, nada como a boa e velha rede Globo, "né não"? [Ok, antigos senhores de esquerda e crentes atuais, é um mau canal de televisão. Muito mau. Muito, muito mau.]). Agora que a faculdade me abandonou por longos (quase) três meses, posso aproveitar (ou não, sabe-se lá) meu tempo da forma que for. E foi pensando nisso que alegrei-me ao descobrir que passará a partir da próxima terça-feira (dia nove) uma minisséria chamada Capitu (isso, intelectuais brasileiros, baseada no livro "Dom Casmurro" do Machadão). Mas a alegria durou pouco. Bastou que eu visse um close da protagonista Capitu-jovem. Tudo se passou assim: "Nossa, ela é linda. Puxa, que olhos verdes. Nossa, ela tem um encanto. Puxa, ela fica bem demais com esses vestidos. Droga, eu sou um fracasso. Merda, eu sou uma maníaca depressiva. Droga, eu estou gorda. Merda, meus olhos são azuis. Droga, meus vestidos são feios.". Uma inveja puta e uma tristeza absoluta. Então, tá decidido. Quando a Capitu-gostosa-bonita-olhos verdes-decidida aparecer na tela eu desligo o aparelho e vou ler o livro. Ao menos lá posso imaginar que ela sou eu. E com direito a olhos de ressaca.
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2 comentários:
Ora, não se sinta mal por motivos estéticos, nem precisa sentir inveja de ninguém! Não por beleza.
Quanto a essa história de louvor às pessoas bonitas, é muito porque as pessoas de quem gostamos parecem bonitas.
Pra mim, beleza não tem importância para decidir se uma pessoa é boa ou má. Não gosto dessa tua insegurança, tu realmente não precisava ter sendo o que és (independente do que fores).
Ora, eu sou humana, Fischer. E sinto inveja, ciúmes e esse punhado de coisas que os humanos (e talvez só eles) costumam sentir. E não tenho vergonha nenhuma disso. Tu não deveria ter também.
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