domingo, abril 01, 2007

Verdades.

A auto-realização não existe. Como não existe a felicidade e a paz. Existem pequenos momentos onde tu se sentes o melhor, mesmo não sendo, e isso tu chamas erroneamente de auto-realização. Auto-realizar-se seria um estado muito avançado onde se alcança uma grande verdade interior que não necessita de outra futura realização. Parece confuso? E é. Felicidade seria algo dificílimo de se "obter" e que quando "obtida" tornaria-se "eterna até o fim da vida". Mas ela não existe também. Procure ser alegre, que isso sim é possível. Quanto à paz, cuidado. Para se alcançar a dita paz o ser humano teria que "perder" parte de sua essência. E perdendo a essência já não seria mais humano. Então não busque a auto-realização, não tente ser feliz e não promova a paz.

Um comentário:

Fischer disse...

Hum.
Podia dizer que apontarei alguns defeitos ou falhas. Mas direi que somente comentarei. (Principalmente porque não me dedicarei nem me restringirei a procurar o que houver de pior.)
Agora, vamos.

Você sabe demonstrar que não existem? Não sabe. (Eu sei demonstrar que não existe demonstração? Mesmo caso, ou não, nunca consegui discernir e obter certezas sobre a validade de afirmar que há coisas invalidáveis [não confunda com inválidas].)
A questão dos parentesis é uma das mais interessantes que conheço. (Inventei isso agora.) E considero meio irresolvível, mas como resolver que ela é irresolvível?
Não sei se, conforme às vezes indico que pode ser verdade, as dúvidas independem da linguagem. Pensando, a gente pode até pensar (dã...) que essa seria a questão mais interessante de todas: "Existe verdade fora da linguagem?" Essa questão é interessantíssima (não é um caso de não-modéstia).
Eu poderia reclamar das definições. (Oh, recaímos na linguagem! [Claro que o parágrafo anterior foi escrito com essa idéia na cabeça.]) Mas até que você definiu legalzinho. apesar de uma delas já indicar contradição (mas logicamente/matematicamente válida, tendo em vista que o que você escreveu foi escrito [é.. é, é quase certo que é válido escrever isso...])· Essa de que falo é a da realização. Você a define e afirma que ela não existe! Isso é legal. Pensando bem, foi muuuito legal. Preciso analisar melhor isso para ver qualquer coisa. Mas interessante (quanto usar essa palavra) teres lançado a questão. (Ah, se lembra do meu texto do vestibular da Univates? Do Nilson Souza [que memória! me espantei... demorei uns segundos pra lembrar totalmente do nome]? Mas eu falava da idéia possivelmente lançada pelo Drummond.)
(Eu sempre lembro melhor do que você escreve do que você lembra do que eu escrevo. E até acho que eu lembro melhor do que você escreve do que você mesma lembra do que você escreve. [E quantas repetições, mas até que {isso} fica elegantinho nessa caixa de comentário.])
(Outra coisa nada a ver com o post, mas que você vai ler. Claro que já tinha tido essa idéia antes, mas como aqui os colchetes [e chaves também] de volta não funcionavam, resolvi pôr em prática copiar dos textos e deixar na área de transferência. O ruim é quando tenho que usar chaves, mas sem mais explicações, você que entenda um pouco do funcionamento das coisas, que é fácil.)
Mas acho, agora com outros pensamentos e outra visão (não necessariamente distinta da primeira!) que até que seu texto ficou bom e sintético. Ops, na verdade, a idéia do texto ficou boa - a formatação do texto ficou boa à medida que não prejudicou a idéia. Que pensamentos (dessa vez puros [ou não, não soube o que passou na sua cabeça enquanto escrevia...]). E claro que questionar as purezas, dessa vez, foi impureza de minha parte.
Acho que até concordo com as idéias. Em geral... então, isso significa que lá vem coisa...
Isso de dizer que se sentir o melhor definiria a sensação de auto-realização é meio... hum, não sei.
Agora, voltando e repetindo o que comecei, gostei bastante das definições das palavras. Eu, às vezes, também faço isso com elas (essas três, pode-se especificar). Que só acontecem num caso extremo e por isso não acontecem. (Na verdade, no caso da palavra "paz" o motivo parece diferente, mas desconfio que sejam derivados. [E sou alguém para definir o que é "igual", "semelhante", "derivado" ou "parecido"?])
De qualquer forma (cala a boca, Magda... como já ouvi no programa Sai de Baixo algumas vezes [até que era bom...]), estou repetindo muito. Talvez seja a minha surpresa de (, enfim, ) ver um post seu legal.
Uma notinha: você variou; às vezes falava para a segunda, outras vezes para a terceira pessoa.
(Eu posso pensar que sou a primeira pessoa? Que você é a segunda? Ou é o contrário? Depende de todos os casos, e não sei nada sobre quem ler isso [e olha que as pessoas olham mais fácil e lêem com mais atenção os posts comentados, mesmo que seja por mim {nenhum tom ou mensagem, aqui... simplesmente as letras se arranjando}].)