Semana passada senti medo. Medo de não conseguir mais escrever (não, não redações "de vestibular"), não saber (ou não ter a tão necessário vontade [inspiração, se diz] de) passar as soltas palavras para um lugar fora do invísvel fio de idéias intocadas. Medo de que os "momentâneos acessos" de criatividade cessacem, dando lugar a um cômodo e doce repouso. E não deve-se querer repousar, deve-se querer a agitação mais frenética dos pensamentos, as dúvidas mais corrosivas, os medos mais bloqueantes, as quimeras mais utópicas, a pureza mais infantil, a graça mais singela. Só assim as palavras surem. Só assim o ato se concretiza.
O tempo é efêmero; as atividades necessárias (nem por isso desejadas) são muitas. E assim, como encontrar uma brecha para uma caneta lasciva(do Latim " lascivu"-saltitante)e um papel em branco? A cada instante parece mais difícil escolher entre o bem concreto do presente e o bem relativo do futuro.
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