Eu queria mudar o mundo. Com gestos pequenos, quase imperceptíveis à massa gigante que finge não ver. Não ver as árvores cortadas de um antigo mato repleto de outras vidas, não ver o problema que é trocar a terra pelo concreto, o verde pelo cinza. Em coisas assim eu gostaria de ter a importância necessária para a mudança. Porque não desejo o reconhecimento (bem sabes) de qualquer ação, desejo apenas a melhora disso qeu chamamos "viver em sociedade" - buscar a harmonia que pode, sim, ser atingida entre os seres. Sou contra o especismo, mas "tenho" um cão preso na coleira - que sempre será o seu confinamento, a sua tristeza diária. Abomino o preconceito, mas convivo com pessoas que murmuram em baixo tom "olha a cor", "só podia ser..." (e o mais triste: não consigo alterar essa limitada visão e existência [porque não basta existir para se estar vivo, não basta...]dessas mesmas pessoas).
Vou contra o sistema, mas -no final- acabo seguindo a estrada com ele (e sempre pela mesma estrada...). Como fazer para que nossos pensamentos se externem em ações efetivas? Como cruzar a rua da indignação e atingir a chegada da mudança? Eu queria mudar o mundo. Mas não sou capaz disso sozinha.
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