terça-feira, novembro 13, 2007

de ironias

Ironias geralmente são feias e deixam a pessoa que as fez mais feias (Já que uso pela segunda vez a palavra "feia" sem aspas considero que devo uma pequena explicação sobre a mesma. Bem, uso "belo" e "feio" em sentidos um pouco diferentes do que a maioria das pessoas que conheço. Saiba que o "belo" não tem nada de físico ou aparente aqui. Ser [ou parecer, apenas] "feio" implica no grau de consideração que tenho pela pessoa, dependendo dos gestos e atitudes dela. Ok?). Não use da "habilidade" de criticar com piadas sorrateiras ou de maldizer com termos disfarçados. De nada vale querer uma ofensa (ou uma pequena afetação do próximo) em que o ofendido não tenha a chance (por não ter certeza de ser a "vítima") da melhora.

Se é da essência a maldade só resta a criação elevada do bem.

6 comentários:

Stephanie disse...

talvez as ironias não sejam 'feias', mas sim o uso que se faz dela.

acho que é uma ausência de humor e as pequenas maldades que fazem as ironias parecerem coisa de gente pequena.

=)

Thai disse...

Geralmente quando se é irônico não se é com alguém que se gosta (com com quem se gosta utiliza-se de outros "artifícios", mais sutis, mais leves). Ironia é usada para ofender, para -de uma forma pouco sensível- causar um certo desgosto. Com quem eu gosto eu brinco, eu não ironizo (ou não, ou posso estar enganada).

Fischer disse...

Dos comentários e da discussão anteriores: acho que cada uma tem uma interpretação do que é uma ironia e por isso não concordam...

Falarei de (escreverei sobre) a frase final. Claro que não é difícil procurar um defeito em alguma frase (e em muitos outros "objetos"). Acabei achando um "defeito" (algo que não gostei): talvez esse 'só resta' esteja muito exagerado, e não representa a verdade exatamente porque pode muito bem haver outros restos (claro, tenho em mente, aqui significa soluções).
Mas vamos ao que mais interessa: o que essa frase traz de bom. Realmente (desculpe minhas palavras mal escritas) ela é uma boa síntese de uma idéia. E ela expressa tão bem essa idéia (nem que se use a "hipérbole" de que é só isso que resta). Mas, de fato, acredito que dizer que somos por essência maus (sendo isso verdade ou não) não implica em sermos incapazes de querer e de gerar o bem. (Claro que não! Quem disse isso?)
(Como é fácil achar defeitos, a palavra "elevada" está meio estranha. Mas eu não achei nada que pudesse substituí-la, nem nada que tornasse a frase mais significativa sem deixar de ser compacta [e isso vale mesmo se considerarmos esse comentário compacto {disso sim se pode concluir algo! Agora sim, agora é a hora em que os não-apressados poderão se deleitar, e a cama de palha não nos enganosa}].)
(Mais: essa frase é quase uma pérola de como escrever uma oração em língua portuguesa no Brasil. Gosto disso!)

Thai disse...

Sim, lendo teu comentário me pareceu realmente que o uso de "só resta" não esteja muito adequado (ou verdadeiro, que é diferente).
Usei "elevada" justamente por ser a única palavra razoável que consegui colocar no contexto, que parece expressar o que quis dizer de uma forma mais clara e real.

Não compreendi tua última colocação entre os parênteses (talvez por não ter entendido coisa alguma [e a dupla negação permanece sem nenhuma culpa]; porém só tem "certeza" disto tu que escreveu o teu comentário e leu o meu.). Pérola? Em que sentido?

Fischer disse...

Pérola no sentido de parecer uma bela construção em português.

Já reparou como é estranho como usamos as palavras? Mas isso é tão normal...

Anônimo disse...

o que eu estava procurando, obrigado