terça-feira, janeiro 22, 2008

do inglês

É uma língua mundial, dizem os empreendedores. E complementam: devemos aprendê-la pois nos transporta por todos os continentes (sim, se é mundial...), nos abre novos caminhos, nos facilita e muito a comunicação no chamado terreno moderno competitivo, além de se fazer uma cultura a mais, o que é "sempre (ainda tenho algumas dúvidas se realmente qualquer conhecimento adquirido pode ser considerado um ganho positivo [não achei redundante])" bom. Todavia me parece tão absurdo que seja "exigido" o inglês, que seja implantado nas escolas e cobrado, enquanto vemos pessoas "enterrando" o português, idioma natal e desde sempre conhecido. Não seria mais fácil se tentássemos ensinar nossos filhos a falar corretamente o que é absolutamente necessário para o dia-a-dia (digo, o tal português) ao invés aumentarmos os lucros dos cursinhos de inglês? Idioma "mundial"? Importante. Idioma real do cotidiano? Indispensável.

Um comentário:

Fischer disse...

Eu acho bem mais importante que as pessoas aprendam lógica, e saibam perfilar argumentos e principalmente saber julgar quando uma coisa implica na outra e quando não tem nada a ver. Se isso for impossível saber, ao menos que tenham mais senso e conhecimento. E não só lógica propriamente dita, acho que poderíamos dar as crianças dessa nação [nós mesmos?] aulas voltadas mais à interpretação e à compreensão. Para isso, os professores deveriam dar o exemplo de que não há nada de errado em pensar, e devem ser mais sensíveis e não tentar limitar potenciais criativos. Isso é muito, pode-se dizer, mas eu posso fazer algo: posso ser compreensivo com as crianças e dar o exemplo do que acho correto.
Aprender português, assim como inglês, pode ajudar a compreender regras e exceções e toda a sua maquinaria. Na verdade, estudar e aprender fazem bem (com exceção de alguns casos "de borda" [ou seja, extremos]).