terça-feira, janeiro 01, 2008

Hipocrisia mundial

Hoje acordei em dois mil e oito e, espantada, descobri que as coisas continuam todas iguais. As injustiças não acabaram, as armas continuam sendo fabricadas, animais (humanos ou não) ainda morrem por quase nada, mais e mais vidas são acimentadas. Veja só, que triste, não é? Como pode iniciar um lindo e fantástico novo ano cheio de felicidades e pessoas sorridentes se tantos fatos e atos ruins não cessaram? Para mim é uma incógnita. Um mistério não desvendado...

E na noite de trinta e um de dezembro de todos os anos reina a hipocrisia mundial. Pelo menos nessa data as pessoas não a escondem, assumem-na de uma forma descarada. Sorrisos, abraços, dizeres amistosos, espumantes espumando, mesa farta, barulhos em excesso, fogos coloridos. E lá no fim da rua alguém sem chão, sem comida, sem abraços, sem pessoas. Dura vida real da noite de fim de ano e de todos os dias. Vê agora por que não há motivo nenhum para comemoração?

Se é para se ser otimista que se seja todos os dias. Que se celebre a vida em cada manhã, que se acredite num futuro de mudanças em cada novo passo, em cada novo segundo. E se substitua as promessas por ações, os pedidos por doações, as felicitações por poesia e as simpatias por sonhos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eles não se importam! Mas eles fingem (e pra si mesmos!) se importar e ainda acusam de lunático qualquer dissidente desta ordem estabelecida de pessoas auto-suficientes, frias e indiferentes...

"Essa Terra de Gigantes, que trocam vidas por diamantes..."

(aliás, acabei de comentar o post abaixo, quando vi que este novo e belo post...)